Síndrome do Impostor: por que nos sentimos uma fraude mesmo sendo capazes?
Publicado por: Lucas Tavares – Psicólogo | Terapia Cognitivo-Comportamental em Divinópolis – MG - 28/07/2025
Publicado por: Lucas Tavares – Psicólogo | Terapia Cognitivo-Comportamental em Divinópolis – MG - 28/07/2025
Você já conquistou algo importante, recebeu elogios sinceros, mas mesmo assim sentiu que “não fez mais do que a obrigação” ou que “foi sorte”? Já teve medo de ser desmascarado, como se todos fossem descobrir que você não é tão competente quanto parece? Esses sentimentos podem ser sinais da Síndrome do Impostor, um fenômeno psicológico que afeta milhares de pessoas — muitas delas altamente capazes e bem-sucedidas.
A Síndrome do Impostor não é um transtorno mental oficial nos manuais diagnósticos, mas é amplamente reconhecida na psicologia clínica. Trata-se de um padrão de pensamento em que o indivíduo duvida constantemente do seu próprio valor e competência, mesmo quando há evidências concretas de seu sucesso. Essa dúvida gera uma sensação persistente de “fraude”, como se em algum momento as pessoas descobrissem que ele não é tão bom quanto aparenta ser.
Essa experiência é mais comum do que se imagina, e pode afetar:
Profissionais em início de carreira ou recém-promovidos;
Estudantes universitários ou concurseiros exigentes consigo mesmos;
Pessoas perfeccionistas ou com alto nível de autocobrança;
Indivíduos que cresceram em ambientes altamente críticos ou instáveis emocionalmente.
Muitas vezes, quem vive com a síndrome é admirado por sua dedicação e competência, mas internamente se sente inseguro, ansioso e desconectado de suas conquistas.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), entendemos que crenças disfuncionais aprendidas ao longo da vida podem alimentar esse padrão. Por exemplo:
“Eu preciso ser perfeito para ser valorizado.”
“Se eu errar, todos vão perceber que sou um fracasso.”
“Não posso demonstrar insegurança ou pedir ajuda.”
Esses pensamentos automáticos, muitas vezes originados na infância ou adolescência, moldam a forma como a pessoa interpreta o próprio desempenho e as reações dos outros.
Viver com a constante sensação de não ser suficiente pode trazer diversas consequências:
Ansiedade (medo de ser descoberto, insegurança antes de reuniões ou provas);
Procrastinação (evitar tarefas por medo de fracassar);
Burnout (esforço excessivo para “compensar” a suposta incompetência);
Depressão (sensação de desânimo, culpa e baixa autoestima).
Além disso, a síndrome pode dificultar o reconhecimento das próprias qualidades e comprometer relacionamentos, já que a pessoa tende a se comparar constantemente e se sentir inferior.
A TCC é uma abordagem estruturada e eficaz para lidar com a Síndrome do Impostor. Através dela, trabalhamos para:
Identificar os pensamentos automáticos negativos e distorcidos;
Reestruturar crenças disfuncionais sobre mérito, valor e sucesso;
Desenvolver autocompaixão e habilidades de enfrentamento;
Fortalecer a autoestima de forma realista e saudável.
Com o tempo, o paciente aprende a validar suas conquistas, lidar melhor com críticas e reconhecer que não precisa ser perfeito para ser digno de respeito e admiração.
Se você se identifica com esses sentimentos e quer aprender a lidar melhor com a autocobrança, a comparação e a dúvida constante, a psicoterapia pode ser um caminho libertador.
Atendo presencialmente em Divinópolis (MG), na R. Minas Gerais, 374 – Centro, e também ofereço sessões online com a mesma qualidade e acolhimento.
Agende seu atendimento psicológico pelo WhatsApp: (37) 98402-3302
Vamos juntos reconstruir a forma como você se vê e se valoriza.
Lucas Tavares
Psicólogo Clínico & Terapeuta Cognitivo-Comportamental.
Escrevo para ajudar pessoas a transformarem suas vidas e encontrarem suas melhores versões.